Sinto um orgulho “louco” quando digo que tenho três filhos. É um amor louco que não se altera mas cresce mais um pouco.
Nos tempos que correm é fácil achar que ter uma família numerosa é para loucos. E na verdade até me consigo enquadrar nessa definição. Mas não é uma loucura qualquer, é uma loucura de amor! Sinto um orgulho “louco” quando digo que tenho três filhos. Sinto-me feliz pela família que construí. Se existem dificuldades, claro. Muitas!
Fazemos parte das famílias numerosas, das famílias cheias, mas de bolsos “vazios”. Não somos mais felizes, mas sim mais completos porque vivemos rodeados de amor. Amor por vários filhos, por diferentes personalidades, mas mais que o amor que possamos sentir por eles é viver de perto com uma das ligações mais fortes do ser humano, a ligação e o amor de irmãos. A cumplicidade, a união é impagável e só por isso faz valer cada conta ao fim do mês.
Chamo-lhe herança, legado.
Não quero que os meus filhos no futuro se sentem à mesa com o diploma que tiraram no melhor colégio, nem tão pouco que festejem a vida dentro de um carro topo de gama. Quero que partilhem a vida com vida! Com os irmãos e que se apoiem nos momentos duros e que festejem os bons momentos. Acredito que nunca estamos preparados para o que aí vem. Ter um filho é sempre uma caixinha de surpresas e o melhor de tudo é essa incógnita que nos desafia todos os dias a reinventar. É nisto que penso na hora de decidir em ter mais um filho, tudo o resto é fazível na medida da nossa ambição.
Se gostava de os ter num colégio privado, adorava, se gostava de lhes dar a conhecer o mundo, sim muito. Se gostava de os vestir com as melhores marcas, claro que sim, mas e depois? E quando morrer? Como é que ficarão?
E foi esta pergunta que nos levou a ter três filhos e quem sabe a ter um quarto. E o Amor consegue ser elástico ao ponto de amar mais que um filho?
É um dos nossos maiores medos, mas a natureza é sabia, pois assim que ouvimos o primeiro choro é como se o coração abrisse espaço para mais um com a mesma intensidade que a primeira. É um amor louco que não se altera, mas que cresce mais um pouco.
O medo sentido antes dissipa-se por completo, já não existe só um, mas sim dois, três ou quatro. Cada um com o seu lugar no nosso coração. A nossa vida deixa de ser vivida por nós, mas pelos nossos filhos, com a certeza que a seu tempo teremos o nosso tempo ganho e com o sentimento de missão comprida. As horas fogem-nos dos dedos para as suas variadíssimas atividades, deixamos a nossa profissão em prol de outra nova, “mãe uber”. Adaptamo-nos às diferentes personalidades e tiramos um doutoramento em psicologia.
Passamos a ser multifacetadas, mas assim que nos deitamos exaustas, saboreamos o dia com outro sabor pois tudo é vivido com gratidão e amor.
E se o amor se mantêm, já a forma como estamos com os nossos filhos vai alterando, eles vão-nos dando experiência, e uma vontade inata de não voltar a cometer os erros do passado, por isso sempre que nasce um filho nasce uma mãe, independentemente do número de filhos que se possa ter. É certo que a mulher que entra no bloco de partos jamais sairá igual, tenha os filhos que tiver. Renasce sempre uma mãe e uma família em prol de um novo bebé que nos chega aos braços e a vida do antigamente deixa de fazer qualquer sentido.
E se há coisa que ganha qualidade com a quantidade é a maternidade pois se no primeiro é tudo novo e um stress, no segundo é uma rotina e logística que se altera por completo, já no terceiro vive-se em pleno a maternidade com a certeza que o tempo é veloz e que cada momento, cada colo deve ser aproveitado ao máximo. E aqui a maternidade não deixa margens para dúvidas, ao terceiro já temos experiência e a sabedoria necessária para que a vivamos com uma tranquilidade e serenidade jamais alcançada de outra forma.
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Foto: © Centrimagem
Publicado em 9 Mar. 2020 às 13:03
Sinto um orgulho “louco” quando digo que tenho três filhos. É um amor louco que não se altera mas cresce mais um pouco.
Nos tempos que correm é fácil achar que ter uma família numerosa é para loucos. E na verdade até me consigo enquadrar nessa definição. Mas não é uma loucura qualquer, é uma loucura de amor! Sinto um orgulho “louco” quando digo que tenho três filhos. Sinto-me feliz pela família que construí. Se existem dificuldades, claro. Muitas!
Fazemos parte das famílias numerosas, das famílias cheias, mas de bolsos “vazios”. Não somos mais felizes, mas sim mais completos porque vivemos rodeados de amor. Amor por vários filhos, por diferentes personalidades, mas mais que o amor que possamos sentir por eles é viver de perto com uma das ligações mais fortes do ser humano, a ligação e o amor de irmãos. A cumplicidade, a união é impagável e só por isso faz valer cada conta ao fim do mês.
Chamo-lhe herança, legado.
Não quero que os meus filhos no futuro se sentem à mesa com o diploma que tiraram no melhor colégio, nem tão pouco que festejem a vida dentro de um carro topo de gama. Quero que partilhem a vida com vida! Com os irmãos e que se apoiem nos momentos duros e que festejem os bons momentos. Acredito que nunca estamos preparados para o que aí vem. Ter um filho é sempre uma caixinha de surpresas e o melhor de tudo é essa incógnita que nos desafia todos os dias a reinventar. É nisto que penso na hora de decidir em ter mais um filho, tudo o resto é fazível na medida da nossa ambição.
Se gostava de os ter num colégio privado, adorava, se gostava de lhes dar a conhecer o mundo, sim muito. Se gostava de os vestir com as melhores marcas, claro que sim, mas e depois? E quando morrer? Como é que ficarão?
E foi esta pergunta que nos levou a ter três filhos e quem sabe a ter um quarto. E o Amor consegue ser elástico ao ponto de amar mais que um filho?
É um dos nossos maiores medos, mas a natureza é sabia, pois assim que ouvimos o primeiro choro é como se o coração abrisse espaço para mais um com a mesma intensidade que a primeira. É um amor louco que não se altera, mas que cresce mais um pouco.
O medo sentido antes dissipa-se por completo, já não existe só um, mas sim dois, três ou quatro. Cada um com o seu lugar no nosso coração. A nossa vida deixa de ser vivida por nós, mas pelos nossos filhos, com a certeza que a seu tempo teremos o nosso tempo ganho e com o sentimento de missão comprida. As horas fogem-nos dos dedos para as suas variadíssimas atividades, deixamos a nossa profissão em prol de outra nova, “mãe uber”. Adaptamo-nos às diferentes personalidades e tiramos um doutoramento em psicologia.
Passamos a ser multifacetadas, mas assim que nos deitamos exaustas, saboreamos o dia com outro sabor pois tudo é vivido com gratidão e amor.
E se o amor se mantêm, já a forma como estamos com os nossos filhos vai alterando, eles vão-nos dando experiência, e uma vontade inata de não voltar a cometer os erros do passado, por isso sempre que nasce um filho nasce uma mãe, independentemente do número de filhos que se possa ter. É certo que a mulher que entra no bloco de partos jamais sairá igual, tenha os filhos que tiver. Renasce sempre uma mãe e uma família em prol de um novo bebé que nos chega aos braços e a vida do antigamente deixa de fazer qualquer sentido.
E se há coisa que ganha qualidade com a quantidade é a maternidade pois se no primeiro é tudo novo e um stress, no segundo é uma rotina e logística que se altera por completo, já no terceiro vive-se em pleno a maternidade com a certeza que o tempo é veloz e que cada momento, cada colo deve ser aproveitado ao máximo. E aqui a maternidade não deixa margens para dúvidas, ao terceiro já temos experiência e a sabedoria necessária para que a vivamos com uma tranquilidade e serenidade jamais alcançada de outra forma.
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Foto: © Centrimagem
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