Crónicas

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Coração de Mãe tem sempre lugar para mais 1

Coração de Mãe tem sempre lugar para mais 1

Na minha Vida, já pude experimentar sensações tão únicas como ser Filha, Irmã, Mulher e Mãe. Agora, com mais um bebé a chegar, resta-me apenas abrir espaço no meu coração de Mãe para mais 1.

Nunca me conheci sem irmã, quando nasci ela tinha 18 meses.
Crescemos juntas, brincámos, rimos, chorámos, descobrimos coisas juntas e fizemos também alguns disparates, como faz parte. Essa era aliás uma das partes mais divertidas da nossa cumplicidade, podíamos ter acabado de brigar, mas se a nossa mãe queria saber quem tinha começado a discussão, já éramos novamente as melhores amigas e aí defendíamo-nos com “unhas e dentes”.
Éramos companheiras, as melhores amigas, adormecíamos a conversar, acordávamos quase ao mesmo tempo para ver quem escolhia primeiro a roupa, íamos para a escola juntas e lá, apesar da minha irmã andar um ano à frente e cada uma ter os seus amigos, sentia um conforto por saber que a minha irmã mais velha estava lá, caso eu precisasse.
Nunca fui filha única, nunca tive os meus pais só para mim, mas tive sempre a melhor companhia do mundo! E apesar de termos personalidades diferentes, a maioria das pessoas perguntavam-nos se éramos gémeas…
Há 6 anos fui mãe de dois rapazes gémeos. Foi uma grande surpresa para todos, especialmente para mim que no momento em que a médica deu a boa nova perguntei se estava a brincar. Dois bebés ao mesmo tempo, confesso que não me assustou, as alegrias iam de certeza compensar as noites mal dormidas. O maior susto foi quando tiveram de nascer às 29 semanas, por problemas nos fluxos do cordão umbilical de um dos bebés. Nunca tive tanto medo, mas 51 dias depois eles vieram finalmente para casa e aí sim, pudemos ser os pais que tínhamos sonhado ser…
Os meus filhos são os melhores companheiros do mundo, revejo muitas vezes a relação que tinha com a minha irmã e é maravilhoso. Também nunca foram filhos únicos, partilham tudo desde que nasceram, mas acho que não podiam ser mais felizes.
Quando eram bebés tinham uma linguagem só deles, ninguém os entendia, mas rapidamente percebemos que a ligação deles era para a Vida.
Apesar de terem personalidades muito diferentes, têm uma ligação muito especial. Não conseguem estar um sem o outro.
Se tudo correr bem, em janeiro o Sebastião e o Salvador vão passar a ser os “manos mais velhos”.
A minha expectativa aumenta todos os dias, quando eles me dão beijinhos na barriga e perguntam se ainda falta muito. Já discutem quem vai fazer o quê, quem dá leitinho, quem lê a história, quem vai brincar mais… Pena que ninguém se ofereça para as mudas de fralda.
Sei que tudo o que sentem um pelo outro, vão agora começar a passar para o mano (ou mana). Eles querem ser o seu ídolo e os manos protetores.
Sei que eles vão receber e cuidar do bebé de uma forma muito especial e isso é sem dúvida a minha maior Alegria nesta nova fase da vida.

Núria Madruga

Publicado em 16 Ago. 2017 às 23:47

Na minha Vida, já pude experimentar sensações tão únicas como ser Filha, Irmã, Mulher e Mãe. Agora, com mais um bebé a chegar, resta-me apenas abrir espaço no meu coração de Mãe para mais 1.

Nunca me conheci sem irmã, quando nasci ela tinha 18 meses.
Crescemos juntas, brincámos, rimos, chorámos, descobrimos coisas juntas e fizemos também alguns disparates, como faz parte. Essa era aliás uma das partes mais divertidas da nossa cumplicidade, podíamos ter acabado de brigar, mas se a nossa mãe queria saber quem tinha começado a discussão, já éramos novamente as melhores amigas e aí defendíamo-nos com “unhas e dentes”.
Éramos companheiras, as melhores amigas, adormecíamos a conversar, acordávamos quase ao mesmo tempo para ver quem escolhia primeiro a roupa, íamos para a escola juntas e lá, apesar da minha irmã andar um ano à frente e cada uma ter os seus amigos, sentia um conforto por saber que a minha irmã mais velha estava lá, caso eu precisasse.
Nunca fui filha única, nunca tive os meus pais só para mim, mas tive sempre a melhor companhia do mundo! E apesar de termos personalidades diferentes, a maioria das pessoas perguntavam-nos se éramos gémeas…
Há 6 anos fui mãe de dois rapazes gémeos. Foi uma grande surpresa para todos, especialmente para mim que no momento em que a médica deu a boa nova perguntei se estava a brincar. Dois bebés ao mesmo tempo, confesso que não me assustou, as alegrias iam de certeza compensar as noites mal dormidas. O maior susto foi quando tiveram de nascer às 29 semanas, por problemas nos fluxos do cordão umbilical de um dos bebés. Nunca tive tanto medo, mas 51 dias depois eles vieram finalmente para casa e aí sim, pudemos ser os pais que tínhamos sonhado ser…
Os meus filhos são os melhores companheiros do mundo, revejo muitas vezes a relação que tinha com a minha irmã e é maravilhoso. Também nunca foram filhos únicos, partilham tudo desde que nasceram, mas acho que não podiam ser mais felizes.
Quando eram bebés tinham uma linguagem só deles, ninguém os entendia, mas rapidamente percebemos que a ligação deles era para a Vida.
Apesar de terem personalidades muito diferentes, têm uma ligação muito especial. Não conseguem estar um sem o outro.
Se tudo correr bem, em janeiro o Sebastião e o Salvador vão passar a ser os “manos mais velhos”.
A minha expectativa aumenta todos os dias, quando eles me dão beijinhos na barriga e perguntam se ainda falta muito. Já discutem quem vai fazer o quê, quem dá leitinho, quem lê a história, quem vai brincar mais… Pena que ninguém se ofereça para as mudas de fralda.
Sei que tudo o que sentem um pelo outro, vão agora começar a passar para o mano (ou mana). Eles querem ser o seu ídolo e os manos protetores.
Sei que eles vão receber e cuidar do bebé de uma forma muito especial e isso é sem dúvida a minha maior Alegria nesta nova fase da vida.

Núria Madruga

23:47