Com o Dia Mundial da Criança celebrado neste mês, trago a reflexão e o grito de tantas crianças que conheço: “ – Deixa-me ser criança!”

As crianças são isso mesmo: crianças. Como tal, têm características específicas, muito diferentes das que se esperam dos adultos. Estão a aprender a ser pessoas, a dominar o mundo, a relacionar-se e a sentir. Estão numa fase privilegiada de criatividade, imaginação, pensamento divergente, que deve ser estimulado e promovido, ajudando-a a pôr hipóteses, a conhecer causas e consequências, a experimentar. Estão também no tempo de cumprir o papel de desafiarem os adultos mais próximos, de testarem limites e de aprenderem como funciona o mundo. E por isso, são e precisam de ser crianças. Todos os dias, reconhecidas como tal pelos adultos que as rodeiam, sejam pais, mães, avós, avôs, professores e educadores. E quantas vezes, pela pressa da vida, pelas exigências não refletidas impostas pela mesma, aceleramos e exigimos que a criança não seja criança e corresponda, sempre, demais, a tudo, como se isso fosse o que é suposto. Mas não é. E não é mesmo, a criança tem de ser criança, para depois conseguir ser adolescente também e mais tarde, adulto.
Por isso, aproveitando o mês da criança, faça isso mesmo: pare, escute e olhe… Deixe o seu filho ser criança.

Publicado em 31 Mai. 2018 às 22:02